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Contos

Diário de James Carver | Capítulo VIII

por Fábio De Toledo 4 de novembro de 2019
escrito por Fábio De Toledo 4 de novembro de 2019
Diário de James Carver | Capítulo VIII

Desperto ainda sem entender o que houve, minha garganta está seca, estou deitado e não faço idéia de quanto tempo se passou. Por alguma razão me lembrei do passado. Não posso ser fraco, tenho que trazê-la de volta não importa aonde ela esteja.

Abro meus olhos mas ainda não consigo enxergar direito, ouço a voz de Milles me perguntando se consigo me levantar. Pelo tom e volume da voz tenho certeza que ele está se segurando por algum motivo.

Pergunto quanto tempo fiquei fora do ar e ele me respondeu dizendo que se passaram quatro horas mais ou menos, tento me sentar e sinto que Jordan me apoia, pelo toque no couro sei que estou no meu carro.

Milles me diz que os outros também demoraram a acordar e que agora não é hora de fraquejar, diz também que confirmaram que o louco é realmente o senhor Farrel pai de Stacey.

Pergunto com um pouco de receio sobre a caixa, ele diz que ainda não abriram e estão me aguardando, então crio coragem para perguntar o que deve haver lá, a resposta é clara e a mesma que a minha, um corpo.

Sem que eu pergunte ele diz que ligaram para ele avisando da situação, junto a ele vieram outros policiais, porém esse caso é meu. Não compreendo o motivo de ninguém querer assumir esse caso, mesmo sendo complicado é uma garota sequestrada.

Milles ainda insiste em me lembrar que posso entregar o caso a outro se eu não tiver condições de continuar e eu apenas balanço a cabeça em negação.

Minha vista volta ao normal e vejo que ele está bebendo algo, vejo também outros policiais aguardando em frente a casa, estico o braço e ele me entrega seu cantil, o bom e velho Jack, o álcool desse pesado em minha garganta.

Hora da verdade, me levanto e digo a Milles que vou ao porão, ele me acompanha com o olhar fixo ao chão, os oficiais me observam sem dizer uma palavra. Eu lhes digo que dois superiores devem me acompanhar os outros devem buscar provas ou qualquer coisa que possa nos dizer o paradeiro da garota.

Eles obedecem imediatamente, vejo que ainda não perdi o jeito de lidar com ordens, olho para os outros e aceno em direção ao porão, ainda no caminho sinto o cheiro do pobre cão agora já apodrecendo, minhas pernas ainda tremem um pouco mas aguento manter a postura.

Desço a frente até o porão ao entrar o corpo do homem já fora coberto, o cão ainda está lá mas pelo menos o colocaram em uma caixa de feira.

Sinto calafrio só de olhar aquele baú de madeira ainda ensanguentado, olhar para trás foi inevitável, os rostos de meus companheiros estavam pálidos e o nervosismo estava claro pelo suor em suas testas.

Respiro fundo e me aproximo do baú o cheiro é diferente do resto do ambiente, tomo um ar e abre o trinco do baú e levanto a tampa.

A ânsia de vômito é quase instantâneo, o cheiro de carne apodrecida está tão forte que mais parece estar já em decomposição, o rosto está coberto de vermes.

Milles se aproxima imediatamente e com um pano retira os vermes, enquanto olho o resto do corpo percebo que não há muito o que ver além do tronco e a cabeça, os braços e pernas foram cortados aparentemente por uma serra ou algo do tipo, ainda insisto em não olhar o rosto.

Milles diz que não é a garota mas sim a mãe, olho para rosto está deformado, provável causa espancamento. Os dentes já quase não existem é fácil identificar uma vez que a boca está aberta e a feição sem duvida de horror.

Enquanto observamos, questiono onde estariam os outros membros, os outros acreditam que devem estar enterrados em algum local, mas olhando mais próximo há algo dentro da boca, em um movimento rápido tomo o pano das mãos de Milles e retiro algo envolto em um algum tipo de couro, assim que retiro o objeto algumas varejeiras saem pela boca da senhora Hermound, nos afastamos de imediato.

Desconfio que essa seja a pista que eu procuro, desembrulho seja o que isso for e vejo seu conteúdo.
Há três moedas de prata, um tipo de medalha que não consigo identificar e um papel estranho que tem algo escrito.
Ao abrir leio um poema estranho.


Dentro de sua alcova, deve ser banhado em sangue.
Sobre o piso de seu templo, deve ser purificado.
Sobre os olhos do grandioso mestre, ser obediente.
O sangue puro deve ser entregue em sua fonte sobre a lua vermelha.


Um dos sargentos observa o couro em minhas mãos e diz que não parece ser de nenhum tipo de animal, eu observo mais atentamente e percebo que ha símbolos entalhados na parte interna.

Milles olha o couro e em gesto brusco tira de minha mãe e embala em um saco plástico, eu pergunto qual o motivo ainda assustado, ele respira fundo segue em direção a porta e diz calmante que se trata de couro humano.

Ouço alguém me chamar no segundo andar, atendo dizendo que já estou subindo e olho para todos os que estão ao me redor. Milles diz que cuida do porão e que eu devo subir e catalogar as provas.

Pergunto sobre o que o Flanagan está fazendo nesses anos, os sargentos se entreolham de forma confusa, Milles dá uma gargalhada e diz que ele está viciado em livros de conspiração e se eu procurá-lo devo tomar cuidado pois nós não somos os únicos com sequelas, abaixo a cabeça e digo que a única diferença entre nós é que ele tem mais inteligência.

Subo ao segundo andar e vou catalogar as provas recolhidas. Entre elas muitos livros de dissecação animal, algumas revistas eróticas, fotos rasgadas e algumas queimadas, uma fita de cabelo velha que acredito ser de Stacey, mas o que me chamou atenção foi uma ficha hospitalar de Dorothy Hermound em nome do hospital local.

Encontrei uma possível localização desconhecida e um endereço no bairro nobre, nada disso faz sentido.

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Fábio De Toledo

Escrevo com corpo e alma e acho que ambos são sombrios. Tenho muitas vidas em minha mente que tentam fugir pela ponta do lápis, mas por favor vão com calma, um de cada vez.

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