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Contos

Diário de James Carver | Capítulo X

por Fábio De Toledo 9 de janeiro de 2020
escrito por Fábio De Toledo 9 de janeiro de 2020
Diário de James Carver | Capítulo X

Após o funeral vou até a delegacia para saber detalhes do local e da morte de Milles.

Umas quatro ou cinco viaturas estão paradas no estacionamento, isso quer dizer que os policiais que eu procuro estão por aqui.

Ao entrar na delegacia que até então estava bem movimentada recebo toda atenção e o silêncio é atordoante, um dos homens de provável patente superior se levanta e caminha na minha direção.

Um homem grande e de aparente força descomunal, um semblante fechado, claramente não está em um bom dia assim como eu, me lembro desse rosto, me surpreende que esteja vivo.

O nome dele é Bruce Olavick Jr, servi ao lado dele em meu tempo de serviço aqui na delegacia. Bruce estende sua mão até mim e diz que estava me esperando, o comprimento por educação e aceno positivamente com a cabeça.

Ele diz para o acompanhar e segue em direção as salas reservadas e entra na última porta, sem dúvidas a conversa será complicada, sobre a mesa há um ficheiro que tenho total certeza que não é um mero acaso.

Ao se sentar faz um gesto para que eu me acomode em uma cadeira de madeira com estofado já puído, não digo nada e apenas me sento em frente aquela mesa, ele diz que estou com uma aparência horrível e eu respondo quase de imediato que não me importo com sua opinião e vim saber os detalhes daquela noite. Ele diz que não aprendi a ter modos mas relevaria devido aos últimos acontecimentos. Bruce empurra o ficheiro que está sobre a mesa em minha direção e diz que tenho o tempo que for necessário.


Depoimento de Sgt. William Matthew

Um dos oficiais levou o Sr Carver de volta para nova Orleans, era nítido que ele não estava bem mas devido a cena grotesca que presenciou não esperaria menos. O Sr Milles nos avisou sobre os cuidados que teríamos e só deveríamos atirar em situação de grande risco.

Nós partimos em direção ao endereço encontrado na casa dos Hermound, aos aproximarmos do prédio percebemos que era inabitável devido as condições da construção, a porta estava aberta.

Sr Milles disse que entraria primeiro e nos daria um sinal para entrar, não havia como desobedecer. Ele entrou e após cinco minutos ouvimos um tiro, corremos imediatamente na direção do barulho.

O lugar estava completando vazio, o ar estava tomado por um odor fétido, ouvimos uma vós infantil gritando, ao chegarmos até o Sr Milles avistamos uma pessoa horrenda, era grande até para alguém de estatura alta, devia medir uns dois metros ou mais, devia pesar uns duzentos quilos, era careca e seu rosto era deformado.

Ele segurava uma barra de ferro extremamente pesada e emitia sons bizarros, mas, o mais assustador é que havia uma corda em sua cintura e na outra ponta da corda uma menina com um vestido branco amarrada como se fosse um animal.

A iluminação era bem fraca pois vinha de algumas velas acesas, não consegui ver se a jovem estava ferida, mas havia sangue no vestido.

O Sr Milles tentou atirar contra aquilo porém tudo foi muito rápido, uma das velas se apagou e quando ouvimos aquilo correu e Milles estava no chão, ele pediu que avisasse o Sr Carver, estava ferida com um corte profundo no estômago e não iria sobreviver.

Procuramos por toda a região mais aquilo sumiu levando a garota com ele, não sei o que fez isso com aquele homem.

No prédio encontramos um laço vermelho, algumas mantas e cobertores velhos, e vários animais já em estado de putrefação. E uma fita escrito “b-waverli hills”.
_


Pergunto se todos virão o mesmo acontecer e Bruce confirma com a cabeça, digo que vou prosseguir com o caso mas o olhar de Bruce não me diz coisas boas.

Bruce se levanta e diz que a polícia pegará o caso a partir de agora e que seria bom eu descansar, então eu respiro fundo dando um soco na mesa e digo que quando ofereceram o caso a polícia negaram e jogaram para mim e agora querem me tirar o caso, Milles morreu pra me dizer que a garota tá viva, Milles deu a vida por esse caso, eu estou dando tudo de mim se a polícia quiser ajudar no caso Stacey Hermound eu aceito, mas não vão tirar esse caso de minhas mãos.

Bruce não ficou nem um pouco feliz e diz que estou obcecado, que devo deixar o caso antes que eu enlouqueça e que só estou fazendo isso para redimir meus pecados, mas respondo para ele que só está pegando o caso agora para não fugir assim como fugiu quando Alice colocou a porra do revólver na boca, pois foi eu quem a salvou mesmo estando louca, sou eu quem a visita todo ano.

Bruce joga a mesa em direção a parede, saco meu revólver e encosto em minha têmpora e digo uma frase -” será que puxando o gatilho os problemas acabam Bruce?”- Bruce da dois passos para trás com as mãos trêmulas e diz que estou louco, digo que o caso é meu pois não sou covarde como Bruce, abaixo minha arma e ele me diz que a polícia dará apoio total.

Pego o relatório no chão e digo que qualquer informação nova deverá ser relatada a mim e saiu da sala ainda trêmulo acendendo um cigarro.

Todos me olham fixo até eu chegar a porta de entrada, olho para trás e digo que quero as informações sobre b-waverli hills no meu escritório o mais rápido possível. E saiu em direção ao carro.

Vou até o local abandonado quero ver com meus próprios olhos onde aconteceu tudo e quero entender como ninguém viu Milles ser acertado, de acordo com o relatório o grandalhão estava com uma barra de ferro, algo não está batendo.

Cheguei ao local as fitas de contenção ainda estão lá o que quer dizer que o local já foi completamente averiguado e parece não ter sido invadido. Paro o carro na frente da porta e vou inspecionar talvez algo possa ter passado desapercebido.

A princípio a descrição bate, o cheiro, o lugar abandonado e vazio, as marcas de sangue também estão intactas. tem algo errado por aqui, um local como esse deveria estar cheio de delinquentes ou usuários de drogas.

A poeira no chão mostra que há muitas marcas de sapatos provavelmente dos policiais, devo olhar com mais atenção, no segundo piso ainda vejo algumas marcas e dentre elas… pegadas pequenas provavelmente de uma jovem, começo a seguir essas pegadas e de frente a uma parede vejo quatro pegadas, duas bem grandes e duas pequenas e alguns pingos de sangue no meio fazendo o que parece ser um rastro, mas pra onde se não há uma saída, vejo apenas uma parede sem janelas há minha frente, isso não faz sentido.

Tenho que me concentrar deve haver uma resposta, com certeza eles saíram por aqui. Respiro fundo e fecho meus olhos, tenho que me concentrar no ambiente, me concentrar no som dos pássaros que ecoa no ambiente pode me mostrar as passagens por onde o som vem até onde estou, me concentrar no cheiro pode me mostrar as correntes de ar, quase consigo desenhar o ambiente.

O cheiro é forte pra todos os lados porém a minha direita sinto uma corrente de ar, dou dois passos para trás e não sinto a corrente de ar, tem alguma coisa na parede a minha esquerda. Vou até a parede e começo a tatear, sinto um desnível em certo ponto quase como um portal.

Empurro a parede com muita força e sinto que ela se move um pouco, continuo a empurrar e descubro um alçapão de dois por dois metros.

Então foi por aqui que ele fugiu, me abaixo com cautela e tento puxar a porta, ao abrir sinto uma pancada de vento e um cheiro muito forte sobe tomando todo o lugar.

Talvez seja a hora de descobrir aonde essa coisa levou Stacey Hermound.

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Fábio De Toledo

Escrevo com corpo e alma e acho que ambos são sombrios. Tenho muitas vidas em minha mente que tentam fugir pela ponta do lápis, mas por favor vão com calma, um de cada vez.

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